A Radiofrequência e a Criofrequência são as duas tecnologias mais procuradas por quem busca tratamentos para redução das temidas gordurinhas localizadas e pela remodelação corporal. Mas você sabe quais são as diferenças entre as duas técnicas? É justamente isso que iremos ver abaixo.
A Radiofrequência
A Radiofrequência é uma tecnologia que trabalha com a emissão de ondas eletromagnéticas de alta frequência, a fim de aumentar a temperatura no tecido. Esse calor gerado provoca uma série de efeitos fisiológicos no organismo que são altamente eficientes para combate a gordura localizada, flacidez tissular, rugas, dentre outros.
Essas ondas geradas podem atingir o tecido de forma superficial ou mais profunda, atingindo até mesmo a hipoderme, dependendo das frequências utilizadas no equipamento e do objetivo do tratamento.
O número de pólos de emissão dessa radiofrequência varia de equipamento para equipamento, sendo que há opções Monopolares (apenas 1 polo), Bipolares (2 polos), Tripolares (3 polos) e Multipolares (múltiplos polos). Quando mais polos, maior a potência da onda eletromagnética e maior é a profundidade que ela consegue atingir no tecido.
Ao receber a onda eletromagnética, há uma resistência tissular com a passagem da corrente, o que leva a uma elevação da temperatura dos tecidos.
Quando o organismo detecta o aumento da temperatura na região, ocorrem 4 ações:
1. Contração imediata do colágeno
Essa contração do colágeno gera um efeito de lifting instantâneo.
2. Desnaturação das fibras de colágeno
A resposta do organismo a essa desnaturação é a formação de novas células de colágeno, como se houvesse uma lesão controlada na região. A esse processo, é dado o nome de Neocolagênese, que permite uma renovação tecidual que deixa a pele mais firme, minimizando rugas estáticas e linhas de expressão.
Esse é o efeito tardio e duradouro da radiofrequência no organismo e ocorre entre 14 e 21 dias após a sessão, garantindo ao cliente melhora progressiva do tratamento.
3. Lipólise e Apoptose das células de gordura
O calor da Radiofrequência é capaz de “quebrar” a molécula de gordura dentro da célula adiposa (Lise: quebra; Lipo: gordura). Essa gordura agora é disponibilizada para queima calórica, sendo assim é essencial a realização da atividade física durante o tratamento.
O mesmo calor também pode influenciar a mitocôndria da célula adiposa, desnaturando-se, o que leva à auto “destruição” da célula; processo esse conhecido como Apoptose. Neste caso, temos a eliminação da célula e de todo o seu conteúdo gorduroso.
4. Vasodilatação
A Radiofrequência permite maior aporte de oxigênio, nutrientes e oligoelementos para o tecido, tendo uma consequente melhora no sistema de drenagem de toxinas e radicais livres.
A Criofrequência
A Criofrequência tem todos os benefícios acima mencionados da Radiofrequência, porém consegue ser ainda mais eficiente por permitir uma maior potência do equipamento.
Essa tecnologia une no seu aplicador a Monopolar (400W) e Multipolar (650W), além de possuir também um sistema de resfriamento intenso da ponteira, que pode chegar a -10°C. Esse resfriamento torna o tratamento bem mais confortável para o paciente e permite que a temperatura interna seja maior, chegando a 60°C.
Esse calor interno age de dentro para fora (por conversão), enquanto o resfriamento age por condução (de fora para dentro). O calor gerado internamente pela onda eletromagnética em encontro ao resfriamento externo, provocado pelo cabeçote, cria zonas intermediárias no tecido de choque térmico, causando modificação do metabolismo local, desestabilizando-o, o que torna os resultados ainda mais benéficos e eficientes.
A Criofrequência também trabalha com 3 tipos de frequência:
- 1000KHz até a derme;
- 800KHz na hipoderme superficial;
- 500KHz hipoderme profunda
E tem também a mix, que acumula o máximo de energia de maneira uniforme em todas as camadas.
LEIA TAMBÉM: O que é Criofrequencia e como funciona o tratamento que elimina definitivamente a flacidez e a gordura localizada.
REFERÊNCIAS: http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/gestao_foco/artigos/ano2017/032_beneficios_radiofrequencia.pdf